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Jogamos: Sonic x Shadow Generations é mistura de estilo e velocidade

Com campanha inédita, game consegue alternar momentos frenéticos com beleza visual

Por Breno Deolindo 14.06.2024 15H21

O teste de Sonic x Shadow Generations foi um shot de adrenalina muito bem vindo em meio ao caos e inevitável cansaço do Summer Game Fest 2024. O game da SEGA traz uma remasterização da campanha de 2011, focada no ouriço azul, e uma história totalmente inédita acompanhando o rival Shadow. Testamos duas fases com cada personagem, e gostamos bastante do que vimos.

Começando pelas novidades, as duas fases jogáveis de Shadow mantém todo o estilo que o personagem carrega consigo. Apesar de bastante velocidade, ainda há tempo suficiente para admirar o cenário espacial que está ao seu redor, além de liberdade para encontrar rotas alternativas que o levarão à linha de chegada ainda mais rápido.

O apelo visual é reforçado ainda mais com a aparição surpresa de Doom’s Eye, vilão que retorna do infame Shadow the Hedgehog, jogo de PlayStation 2 que não foi exatamente bem recebido na sua época, mas ainda tem alguns fãs.

Quando o vilão aparece e começa a ter uma conversa com Shadow, o mundo começa a mudar de forma e assume traços quase psicodélicos, lembrando bastante alguns cenários de Control, que é sempre uma ótima referência em quesitos estéticos. Infelizmente, a demo não nos deixava ver tanto assim desse cenário esquisitão, mas é provável que ele vá ficando mais e mais presente conforme o jogo avança.

Divulgação/SEGA

Tudo fica ainda mais estiloso com o clássico Chaos Control, que para o tempo ao seu redor e permite desviar de armadilhas e inimigos com maior facilidade. O respiro em meio aos momentos frenéticos quase constantes também são muito bem vindos — e convenhamos que é muito legal escutar Shadow invocando o poder.

A outra fase com Shadow era o confronto com Biolizard, trazendo ainda mais cadência e sendo o ponto baixo da demo. Entender o que é necessário para conseguir atacar o chefão não era tão intuitivo assim; o cenário apertado também não é exatamente a melhor forma de demonstrar a velocidade de protagonista.

Mas nem tudo é desagradável. Depois de entender a mecânica da luta e avançar para os últimos estágios do boss, Shadow ganha uma espécie de poder novo, podendo atacar com algo que se parece com lanças de eletricidade. Nesse momento, o cenário também fica mais amplo e o jogo volta a brilhar.

Divulgação/SEGA

Passando para a campanha com Sonic, não deve haver muitas novidades aqui para quem já jogou o Generations original além dos gráficos repaginados. Se você não conhece o game, prepare-se para muita velocidade; é algo que parece óbvio quando se fala do ouriço, mas mesmo com isso em mente, a rapidez ainda pode surpreender.

As duas fases com Sonic eram as versões clássica e moderna da Green Hill Zone. Especialmente na versão retrô, focada na perspectiva side-scroller, é fácil se empolgar com a enorme quantidade de boosts e oportunidades de ficar cada vez mais rápido. Para os jogadores mais habilidosos, certamente será um deleite, mas é necessário ter alguma cautela para não perder o controle em meio à velocidade.

Divulgação/SEGA

A versão moderna consegue manter bem a sensação de rapidez, apesar do formato ser mais similar àquela que é adotada na campanha de Shadow. Em uma comparação direta entre os dois, Sonic certamente sai ganhando; enquanto os cenários do anti-herói me chamaram a atenção pela sua beleza, eu mal tive tempo de ver o que estava ao meu redor em Green Hill Zone.

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Sonic x Shadow Generations chega em 25 de outubro para todas as plataformas, incluindo Nintendo Switch, e deve ser uma adição de peso naquilo que a SEGA planeja como o “Ano do Shadow”.