Roguelikes, roguelites e afins sempre assustaram uma parcela da comunidade gamer: perder todo seu progresso ao morrer é uma ideia bem frustrante, de fato, mas o gênero vem conquistando cada vez mais fãs nos últimos anos, graças aos ótimos lançamentos recentes. Balatro, um roguelike de pôquer, já entra nesse hall de grandes nomes com uma premissa simples, mas extremamente bem executada.

A ideia de misturar pôquer e roguelikes parece extremamente esquisita em um primeiro momento, mas essa é só a definição mais simples do jogo: desenvolvido somente pelo artista LocalThunk, o game também envolve matemática e inteligência — e muito frequentemente, esses fatores são mais importantes do que saber as regras do pôquer.

A premissa é de enfrentar mesas com “Blinds” cada vez maiores; traduzindo, a quantidade de pontos que você deve fazer a cada fase precisa ser maior para continuar sobrevivendo. Claro, há mesas ainda mais desafiadoras, que entram como os chefões do jogo.

Gameplay de Balatro
Divulgação/PlayStack

O básico da pontuação parte, de fato, dos princípios do pôquer: Par, Trinca, Full House, Flush e Straight são alguns dos nomes que o jogador terá de se acostumar para jogar Balatro. É preciso saber no que consiste cada mão, e que cada uma delas tem uma raridade maior. Mas o conhecimento necessário de carteado para por aí.

A cada mesa, o jogador deve selecionar entre uma e cinco cartas de sua mão para realizar uma jogada. Dependendo da combinação feita, a pontuação será calculada e, ao bater a meta daquela fase, é só avançar para a próxima. Caso os pontos não sejam atingidos ao fim da última mão, é game over.

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Ainda que a pontuação parta de saber as mãos mais valiosas do pôquer, isso é só a ponta do iceberg: o grosso da pontuação vem de cartas de buff, como Coringas que ativam efeitos especiais, ou cartas de Tarô que transformam seu baralho para te dar mais pontos. No fim, Balatro é sobre saber como combinar as cartas bônus que o jogo te oferece para maximizar sua pontuação.

Gameplay de Balatro
Divulgação/PlayStack

Esses buffs são adquiridos em uma loja, que aparece após o final de cada rodada. O dinheiro para comprar, claro, é dado de acordo com sua performance nas fases. Dependendo da combinação que o jogador obter, é possível ir longe usando as mãos mais simples — no meu próprio caso, cheguei até o último chefão usando apenas Pares, que são a jogada mais básica do pôquer.

Tudo isso é embalado pelo carisma que parece ser necessário para roguelikes sobreviverem: as artes das cartas de Coringa e Tarô são excelentes, assim como a trilha sonora e o visual do jogo como um todo. Da mesma forma que os bons jogos do gênero, Balatro ainda traz desafios além da campanha base, introduzindo níveis de dificuldade crescentes e diferentes baralhos que possuem várias características, deixando-o mais “rejogável”.

É impossível negar a esquisitice de se recomendar um jogo definido por “roguelike de pôquer”, mas Balatro pode ser a sua porta de entrada para os jogos desse tipo. Caso você seja um veterano, talvez um desafio matemático possa despertar seu interesse.

Balatro está disponível para PlayStation 4 e 5, Xbox One e Series, Nintendo Switch e PC


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