Pela primeira vez realizado na terra natal do Pikachu, o Mundial de Pokémon transformou a cidade de Yokohama, nas redondezas de Tóquio, em uma celebração da franquia de monstrinhos.

Mesmo girando em torno de competições disputadas pelos melhores jogadores do mundo em quatro modalidades - VGC, TCG, GO e Unite -, o evento visa contemplar mais do que apenas treinadores Pokémon. Fãs casuais de Pikachu e companhia, bem como meros transeuntes acabam envolvidos pela atmosfera do Worlds simplesmente por existirem em Yokohama.

É tarefa difícil andar pela cidade sem avistar algo de Pokémon, especialmente na região de Minatomirai, onde as competições acontecem.

PH Lutti Lippe

Lojas temporárias estão por todos os lados - em shopping centers, estações de metrô, e até mesmo a céu aberto. Enormes Pikachus e Exeggutors de Alola infláveis decoram o horizonte - tem até mesmo uma bóia gigante do Lapras no mar. Uma roda gigante ilumina a noite nas cores de uma Pokébola.

Grafites de Gengar, Snorlax e muitos outros em lugares aparentemente aleatórios criam filas de interessados em tirar fotos ao lado dos monstrinhos, enquanto as ilustrações mais memoráveis dos cards são expostas em instalações à la museu de arte. Até mesmo as estações de metrô ganham ícones que remetem ao evento ao lado do nome de cada parada próxima aos locais relevantes.

A sensação de explorar Yokohama em agosto de 2023 é similar àquela que cariocas sentiram em 2016 durante a Olimpíada no Rio - uma de que o mero ato de estar na cidade significa que você faz parte do evento. É algo sem precedentes para um evento de videogame.

PH Lutti Lippe

Além das atrações espalhadas pela cidade, vários pequenos eventos paralelos regados a brindes (como os chapéus de Pikachu que todos parecem usar por aqui) marcaram a invasão dos Pokémon a teatros, parques de diversão e até mesmo um navio ancorado.

Alguns destes eventos cobram que participantes em potencial sejam sorteados antes de terem a oportunidade de comprar ingressos, e incluem coisas como uma apresentação de orquestra com músicas dos jogos, uma exibição de estreia de um novo curta animado da série focado no TCG, e um número musical high-tech com dançarinos vestidos como Pikachu, Lucario e companhia.

Não é difícil perceber que, naturalmente, tudo isso gira em torno da venda de bonequinhos, cartas, jogos e tudo mais - apostando, inclusive, na escassez artificial com centenas de produtos temáticos do Worlds 2023 que nunca mais voltarão a serem coemrcializados.

Mas ver tantas crianças andando pela cidade vestindo camisetas do Sprigatito e outros me faz lembrar da alegria e do fascínio que um evento de Pokémon pífio em comparação, lá no Parque do Gugu em 2001, me trouxe quando eu era a criança.

Acho que quem passa por uma experiência como o Worlds 2023 na infância nunca mais parará de jogar Pokémon. E creio que isso é parte do objetivo.


PH Lutti Lippe

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