A edição 2023 do Mundial de Pokémon terminou neste domingo (13) com grandes performances de brasileiros. No TCG, jovens representado o país levaram um título e um vice-campeonato nas categorias Sênior e Júnior, respectivamente.

Pela primeira vez no Japão, a terra natal do Pikachu, o Worlds foi realizado em Yokohama - que costuma tratar bem os brasileiros. Além de sediar pentacampeonato da Seleção de futebol em 2002, a cidade também foi palco de vitórias de São Paulo, Internacional e Corinthians no mundial de clubes.

PH Lutti Lippe

Gabriel Fernandez, 13, utilizou um baralho de Lugia V-ASTRO para vencer o holandês Sydney de Bruijn em 2 a 0 e conquistar o título de melhor jogador do mundo na categoria Sênior do Pokémon TCG.

Dominando o terreno de jogo ao longo da duração das duas partidas, Gabriel não deu muitas chances para que Sydney mostrasse seu jogo. A primeira vitória na série demorou um pouco por uma sequência infeliz de cartas que impediram Gabriel de coletar as duas cartas prêmio finais. Já segunda veio como um relâmpago, antecipado pela reação estrondosa da platéia logo no início da partida, quando o azar de Sydney no saque ficou evidente por três de suas cartas mais fortes ficarem inacessíveis entre os seis prêmios.

Em inglês fluente, Gabriel agradeceu aos familiares em seu discurso de vitória - incluindo seu irmão mais velho, que também compete e que o ensinou a jogar o card game.

O controle de jogo de Gabriel surpreende especialmente por conta de sua idade: aos 13 anos, ele está entre os mais novos de sua categoria, que contempla a faixa etária até os 15 anos, e terá ainda mais duas oportunidades de disputar o Worlds como Sênior antes de precisar competir entre os adultos.

A conquista foi apenas o segundo título mundial de Pokémon alcançado por um brasileiro na história. O primeiro foi em 2011, quando Gustavo Wada foi campeão mundial Júnior de TCG.

Vice-campeonato

Um pouco antes de Gabriel Fernandez conquistar a vitória, foi a vez de outro Gabriel representar o Brasil: Gabriel Torres, 11, que enfrentou o taiwanês Shao Tong Yen na final da categoria Júnior, para jogadores de até 12 anos.

O jovem brasileiro acabou derrotado após um começo promissor na série - na primeira partida pela força avassaladora do Dragonite V-ASTRO de seu oponente, e depois pela pressão constante de um Kyogre, que selou o resultado de 2 a 0.

Dalton Acchetta, 21, que é treinador de Torres no Brasil e chegou a alcançar o segundo dia de disputas na categoria Master, explica que, além de treinar as táticas do card game em si, a preparação de jogadores mais jovens também inclui muitas conversas com os pais.

"Pedimos sempre para os pais conversarem muito com os filhos nas semanas e meses antes do torneio, pra que ele chegue com a cabeça boa pra conseguir jogar," revela. "Jogar em um palco assim é uma pressão absurda. Não tem como a pessoa ficar fria. Mas tentamos deixar ele na melhor condição possível."

Segundo Acchetta, Torres ainda tem mais um ano de disputa na categoria Júnior, e logo deve voltar aos treinamentos para o Regional de Curitiba, que acontece entre 23 e 24 de setembro e já vale pontos para a próxima temporada. "Mas em primeiro lugar, é preciso ter um descanso. Ele vem de uma preparação firme, jogou aqui, e agora tem que descansar," confirma.


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